sábado, 23 de fevereiro de 2008

Encontre a Visão Do Grito Rock-MS.


(Boss Matsumoto)



Que dia foi aquele, não?

Tá, se você não foi, me desculpe.

Eu me diverti horrores naquele lugar!

Um local bacana, com tamanho bacana, pessoas bacanas e bandas excelentes.

Versão sul-mato-grossense do Grito Rock!

Tudo começou com apenas 1 hora de atraso, mas nem o público, nem as banquinhas e nem o bar atrasaram. Tudo cronometrado.

Pessoas e mais pessoas começam a chegar ao local. Lógico que sons de guitarra + baixo + bateria + grito atraem a moçada. Moçada que está cada vez mais bem vestida! Antigamente haviam pessoas de jeans e camiseta e só. Jeans rasgado, é claro. Cabelo descabelado, lógico. Mas aparentemente algumas coisas mudaram. As franjas estão bem mais penteadas e os acessórios mais incrementados.

Um pessoal cabeça que bebe tudo que há de mais barato. Isso é ótimo, porque depois que experimentam do bom, é difícil voltar se aproximar de um gargalo de suquinho gummy.

Noite de rock, rock novo com influências de bandas nacionais independentes como Glória, Envydust, NxZero, Granada e Gramofocas. Até cover de Raimundos rolou com o pessoal que veio lá de Dourados para botar a casa abaixo.

Público com muita energia, mas tímida no começo. Porém sabiam cantar quase todas as músicas, um pouco de cada banda, bem alto. Acho que deve ser influência do Sobá. Eu sei que deve ter alguma substância naquela sopa-nipônica que faz a galera do mato tirar o grito lá do fundo do intestino.

Volta pro show! Todas as vertentes do punk-ska-emo-core.

Bandas novas e bandas velhas, né Bizarros?

As bandas novas chegam cheia de gás, enquanto as bandas velhas ganham cada vez mais respeito. E merecem respeito mesmo! Não é fácil uma banda sobreviver em um lugar tão distante de São Paulo ou do Sul, que é onde o pau come solto. Tudo vai melhorando conforme o tempo, mas imagina isso há 10 anos atrás? Eu estava vendo um vídeo do primeiro show do Holly Tree em Campo Grande no Barfly de 1998. Meu Deus, que galera esquisita! Mas dava pra ver que era uma galera com muito gás pra pra rodas de pogo.

Volta pro show!

Voadoras e pontapés substituem a rodinha punk, massacrando alguns pés e alguns cotovelos, mas nada de sangue.

No show do Repúdio, onde eu achei que a cobra iria fumar, não fumou. Mas no palco a porradaria comeu solta.


Second Fase mostraram muita responsa em cima do palco, já podem passar para a primeira fase..


Rocket 72, de Dourados, divertiu a galera com guitarras destorcidas, semi-desafinadas e ligadas a 100000000 de voltz.


High School, de Cuiabá, mostrou porque tem o High no nome. Sinistra a interação da banda. Guitarra bem trabalhada, baixo nervoso, bateria revoltada e voz detonadora.

Sem fim, do Distrito Federal, viajou 23 horas de ônibus, graças a maldita ponte desabada, mostrou porque veio de tão longe para alguns minutos em cima do palco. Pedrok, o vocalista, tem uma voz peculiar, guitarras alopradas e cozinha mestre-cuca.


Firstations, hoje mais Firstations que No Pride, manteve o swing. Punk Rock Class 94-crú.

Bizarros! Cada vez mais charmosos e elegantes, também se mostraram mais a vontade no palco. Só com um sorriso, Buxexa é capaz de apaixonar qualquer garota de Campo Grande. Mas como o baterista, Chapola, não sua enquanto toca?

Para finalizar, como a Portenho faz um evento tão bom, com tantas bandas boas, com toda a dificuldade de organizar um show e em um só dia?

Novamente, quem não foi perdeu.